Sorria em cada esquina do caminho
tentando lembrar do dia em que
estávamos mais mortos que a sede dentro de nós mesmos por justiça
O medo jorrava dos ladrilhos sujos que
conectavam as celas sem portas dos nossos corações
Coçando a cabeça o cabelo escuro do
fim dos nossos dias em vez de voar ao vento estava sujo e sem brilho
a alma já cansada procurava um grito
no vento gelado dos elevados
nos mendigos sem teto mortos de fome
comendo cacos de vidro dentro de tubos de cachaça
fumando soquetes de lâmpadas com
canetas bique enrolados em cobertores marrons cor de terra
batida...dessa terra que se agita … que grita e grita...
O ar que sorria era a tortuosa vitrine
de uma ideia antiga...vontade de voar...
sem planador sem avião da janela do
pensamento
Nascia um momento ímpar sem
multiplicador comum
Arrastando o corpo sem vida
ouvi multidões e vomitei palavrões em
vão busquei a vida em tantas ilusões!
Trôpego dormi enrolado no jornal
embaixo do banco … na praça
inferno em vida … o melhor é dormir
Trôpego abri a janela do avião no
apartamento enrolado na fumaça
e dormi... dormi......
Garnov 05/2013
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